quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ficha de citação - Janaina Lucas da Rosa

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Seminário: Pedagogia: cenários da carreira e focos de atuação profissional
EDIÇÃO 2011/1
Janaína Lucas da Rosa



FICHA
Exercício para aprender a trabalhar a citação em textos acadêmicos.

1. Selecione UMA (1) idéia do texto. Transcreva as palavras do/a autor/a, observando as normas da ABNT.
Difícil decidir qual a resposta mais adequada ou mais completa. Ambas as argumentações apelam para noções com as quais usualmente concordamos e que reconhecemos nas nossas práticas escolares. O que fica evidente, sem dúvida, é que a escola é atravessada pelos gêneros; é impossível pensar sobre a instituição sem que se lance mão das reflexões sobre as construções sociais e culturais de masculino e feminino. (LOURO, 2011, p.93).

2. Explique as idéias do/a autor/a, utilizando as tuas palavras.
Segundo Louro (2011), as instituições são constituídas pelos gêneros e também as constituem. È necessário pensar que estas instituições constituem os sujeitos e são representadas por gêneros, classes, raças, etnias, etc... Pensando a escola como exemplo de instituição, qual será o seu gênero?
Alguns respondem que a escola é feminina pois é um lugar de atuação de mulheres. E é neste espaço que ela realiza sua prática escolar, dando ênfase ao afeto e à confiança, se aproximando das relações familiares.
Outros dizem que a escola é masculina porque é um lugar de conhecimento e este foi historicamente construído pelos homens. Então, mesmo que quem realiza as tarefas escolares sejam as mulheres, tudo que gira em torno da seleção, produção e transmissão de conhecimentos é considerado masculino.
E neste sentido Louro (2011) enfatiza que tanto a escola como as instituições perpassam por relações dos dois gêneros e junto com as construções sociais estas relações constituem os sujeitos.

3. Comente o trecho destacado, explicando o que você pensa sobre o tema.
Concordo que a escola é um lugar que como todas as instituições constitui e é constituída pelos sujeitos que estão nela inseridos.
E estes sujeitos são constituídos por muitas relações que estão presentes na história e em seu cotidiano. Não importa se o sujeito é do gênero feminino ou masculino, o que importa é como estes vão construindo suas identidades, como lidam com as relações de poder, como conseguem seu lugar na sociedade e como interagem com o mundo.
Conforme Louro (2011, p.28):
É possível pensar as identidades de gênero de modo semelhante: elas também estão continuamente se construindo e se transformando. Em suas relações sociais, atravessadas por diferentes discursos, símbolos, representações e práticas, os sujeitos vão se construindo como masculinos e femininos, arranjando e desarranjando seus lugares sociais, suas disposições, suas formas de ser e estar no mundo. Essas construções e esses arranjos são sempre transitórios, transformando-se não apenas ao longo do tempo, historicamente, como também transformando-se na articulação com as histórias, pessoas, as identidades sexuais, étnicas, de raça, de classe.
E nesse sentido é importante entender que as relações de gênero, tanto na escola quanto nas instituições não são identidades prontas, acabadas. Elas estão em permanente processo de construção, de questionamentos e problematizações.


Referência utilizada:
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós- estruturalista/ O gênero da docência. Guacira Lopes Louro. 12. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós- estruturalista/ A emergência do “gênero”. Guacira Lopes Louro. 12. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011

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